Um pouco sobre críticas e críticos
Sou profundamente crítico com muitos fatos que ocorrem nas igrejas evangélicas. Sei que não somos perfeitos e há muitas distorções, – muitas igrejas inclusive levam o título de evangélica apenas de fachada – mas critico de dentro das fileiras cristãs. Faço como auto-crítica religiosa, e inclusive pessoal, pois sei que como cristão estou muito aquém daquilo que meu Senhor e Salvador me instrui…
Por outro lado, creio que a sociedade esquece facilmente também o que as igrejas evangélicas e os cristãos fazem pelo bem comum; pelo próximo.
E o fazem mesmo sabendo que nada do que fizermos é o que nos leva à salvação, ou seja, não é para “recebermos favores de Deus”, já que somos salvos pela Graça.
As igrejas cristãs estão entre as que mais investem na sociedade para o bem comum. É só verificar, aqui mesmo em Curitiba, a quantidade de hospitais, – evangélicos e católicos – de instituições de ensino, de casas de apoio a toxicômanos, além da imensa quantidade de igrejas que fazem um grande trabalho social de apoio à pessoas carentes, como distribuição de cestas básicas, apoio psicológico e, claro, espiritual, etc, etc, etc…
Grandes ativistas pelos direitos humanos e pela justiça social saíram das fileiras das igrejas cristãs, e falo isto não somente no Brasil, mas no mundo todo.
As agências missionárias cristãs estão entre as organizações mais ativas e que mais levam socorro, inclusive apoio médico e alimento, à nações extremamente fechadas. Missionários correm risco de morte para levar justiça e esperança a povos subjugados e oprimidos.
Claro que o que mais aparece na mídia, são aqueles que se aproveitam do povo em benefício próprio, mas nós, cristãos protestantes, fazemos questão de afirmar que tais instituições não compartilham de fato de nossa fé e do nosso entendimento do Evangelho. Faço parte de uma Igreja séria e trabalho em instituições acadêmicas que formam pastores e pensadores sob o prisma da reta doutrina cristã ensinada por Cristo e compartilhada pelos apóstolos.
Como acadêmico cristão, procuro sempre estar intelectualmente preparado para responder aos anseios e dilemas que a sociedade moderna compartilha. Como pastor, procuro sempre estar conectado com minha fé e compartilhar com aqueles que necessitam e procuram a Deus.
E é por ver tantas pessoas criticando o cristianismo sem sequer ter a mínima noção do que é ser cristão, ou porque em algum momento de sua parca experiência cristã não teve os seus desejos atendidos, é que resolvi ponderar algumas das questões colocadas acima.
Salvo ledo engano, creio que pouquíssimas instituições religiosas fazem pela sociedade o que o cristianismo faz.
Aprendemos com os nossos erros históricos e sim, já fizemos muito mal também, mas creio, olhando para o presente, que estamos tentando acertar.
Mestre em Bioética pela PUCPR, pesquisando as implicações bioéticas da biotecnologia, possui ESPECIALIZAÇÃO em Psicoteologia e Bioética pela Faculdade Evangélica do Paraná – FEPAR e Teologia do Novo Testamento Aplicada pela Faculdade Teológica Batista do Paraná – FTBP e em Formação de Professores para EAD pelo Centro Universitário Uninter. Bacharel em Teologia pela Faculdade Evangélica do Paraná (2008) e graduação em Bacharel em Teologia – Seminário Teológico Betânia de Curitiba (2006). Membro do Conselho de Bioética do Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba/Pr.) Atualmente é professor do Centro Universitário Uninter na graduação de Bacharelado em Teologia e na disciplina de Ética Aplicada à prática Pastoral na pós graduação em Aconselhamento Cristão e Capelania e da Faculdade Teológica Betânia (Graduação e Pós-Graduação). Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Moral, atuando principalmente nos seguintes temas: ética, bioética, teologia contemporânea, espiritualidade, : cristianismo., teologia sistemática e ecologia. Criador e coordenador do Grupo de Estudos de Bioética & Teologia (FATEBE) Curitiba,Pr.